A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Janet Yellen, voltou a defender as regras mais duras ao sistema financeiro impostas nos últimos anos, e que agora se tornaram alvo de críticas por parte do governo do presidente Donald Trump.
Em depoimento ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados, a dirigente reiterou que as novas regulações ajudaram a fortalecer os bancos e beneficiaram a recuperação econômica - que foi mais rápida do que na Europa, notou -,e que a lei Dodd-Frank, um dos principais alvos da Casa Branca e do partido Republicano, diminuiu o problema das instituições "grandes demais para quebrar".
Questionada por um dos integrantes sobre um estudo mostrando que a regra Volcker seria prejudicial sobre a liquidez do mercado de bônus, Yellen afirmou que os indícios são mistos e que o Fed "não pretende tomar nenhuma decisão" em relação à regulação.
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A presidente do BC norte-americano voltou a dizer que concorda com a supervisão do Congresso sobre as autoridades regulatórias do BC e com as diretrizes estabelecidas por Trump em relação à revisão das regras financeiras e que gostaria de se encontrar com o novo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
Ela se disse preocupada com o peso da regulação, mas notou que "em geral, não concordaria" com a afirmação de que menos regulações acelerariam a retomada econômica. Yellen também defendeu altos requisitos de capital para instituições como forma de proteger as instituições e consumidores.