A Vivo registrou lucro líquido de R$ 172,4 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo, dessa forma, o prejuízo de R$ 59,5 milhões no mesmo período de 2008. A empresa ainda apresentou um crescimento de 39,6% ante o lucro dos três primeiros meses do ano. A receita líquida de serviços da companhia alcançou R$ 3,630 bilhões, uma alta de 7,1% na comparação com os meses de abril a junho do ano passado.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da operadora somou R$ 1,197 bilhão, uma alta de 42,3% ante o resultado do segundo trimestre do ano passado, enquanto a margem Ebitda aumentou 8,2 pontos porcentuais, para 30,4%. Em relação aos três primeiros meses deste ano, quando a margem na geração de caixa foi de 29,9%, o desempenho foi 0,5 ponto maior.
No relatório que acompanha o balanço, a Vivo esclarece que o Ebitda do segundo trimestre deste ano sofreu um impacto positivo de R$ 47,5 milhões com a recuperação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Desconsiderando esse efeito, a geração de caixa apresentaria uma evolução de 36,7%, com margem de 29,2%, uma evolução de 7 pontos porcentuais ante igual período de 2008 e 0,7 ponto porcentual menor que o trimestre anterior.
Graças ao avanço das vendas de modems 3G, a receita de dados continua sendo um dos destaques, com aumento de 29,9% no segundo trimestre. Segundo a operadora, o segmento passou a representar 12,6% da receita líquida total, conforme o relatório.
A base da Vivo atingiu 46,819 milhões de clientes no final do mês passado, com fatia de 29,3% do mercado, o que manteve a operadora como líder no Brasil. A empresa conquistou 1,178 milhões de novos clientes, com 19,8% de participação de adições líquidas, um crescimento de 69,3% em relação aos três primeiros meses do ano. A receita média por usuário (ARPU) da Vivo foi de R$ 26,3 no segundo trimestre deste ano, uma queda de 8,7% em relação ao mesmo período de 2008 e de 2,6% ante o primeiro trimestre.
Já a provisão para devedores duvidosos (PDD) apresentou redução de 28,2% no segundo trimestre em relação aos meses de abril e junho do ano passado. O valor de R$ 65,2 milhões corresponde a 1,2% da receita bruta, menor que o apresentado em igual período de 2008 (1,7%). Em relação ao primeiro trimestre, a redução foi de 0,2 pontos porcentuais.
"A Vivo prossegue com as ações de cobrança e com padrões rígidos de concessão de crédito, que mantêm sob estrito controle essa rubrica", ressalta a operadora, no relatório. A companhia encerrou junho de 2009 com uma dívida líquida de R$ 4,692 bilhões, ante R$ 3,574 bilhões no mesmo período do ano passado.