As vendas no varejo de material de construção cresceram 2% no mês de dezembro, na comparação com novembro. O desempenho no mês foi 4% superior ao registrado em dezembro do ano passado. Os dados são da pesquisa mensal da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), realizada pelo instituto de pesquisas da entidade com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil e Anfacer. O estudo ouviu 530 lojistas de todas as regiões do país entre os dias 21 a 27 de dezembro.
Segundo a pesquisa, as vendas no varejo de material de construção no segundo semestre de 2016 foram 4% superiores ao mesmo período de 2015. O resultado, no entanto, não foi suficiente para reverter o desempenho do setor no ano. "Fechamos 2016 com queda de 6% sobre 2015, quando tivemos um faturamento de R$ 115 bilhões. Tivemos um primeiro semestre muito complicado e isso dificultou uma reação maior do setor", explica Cláudio Conz, presidente da Anamaco.
Ele também ressalta que, desde que a associação passou a acompanhar anualmente a série histórica do varejo, em 1994, esta é a primeira vez que o varejo de material de construção registra retração em dois anos seguidos. "Apesar disso, esperamos que o setor continue reagindo em 2017. A nossa expectativa é de crescermos 3% no primeiro semestre e 6% no segundo, fechado o ano com 5% de crescimento sobre 2016. A tarefa não é fácil, mas os impactos do lançamento do Cartão Reforma e da retomada do Construcard devem começar a serem sentidos já no início do ano. Além disso, estamos trabalhando com os bancos no sentido de aumentar a oferta de crédito e diminuir os juros, o que deve influenciar positivamente as nossas vendas", completa.
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Ainda segundo o estudo, os resultados apresentados pelo setor em dezembro também variam de acordo com a região. Enquanto Nordeste e Centro-Oeste apresentaram, respectivamente, crescimento de 6% e 5%, as vendas no Sudeste se mantiveram estáveis. Já Sul e Norte apresentaram queda de -15% e -7%, respectivamente.
Cerca de 40% dos entrevistados pretendem fazer novos investimentos no próximo ano e 16% têm a intenção de contratar novos funcionários em janeiro. Já o otimismo com relação às ações do Governo nos próximos meses retraiu de 50% para 45%.