Crise
O volume de vendas do comércio varejista no Paraná cresceu 10,8% em janeiro de 2007 em comparação com o mesmo mês de 2006, aponta a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é superior à média nacional, que aumentou 8,5% no período. O crescimento das vendas de janeiro em relação a dezembro de 2006, com ajuste sazonal, também foi maior no Paraná (2,1%) que a média brasileira (1,8%).
Sete dos oito segmentos que pesquisados pelo IBGE tiveram aumento de vendas em janeiro de 2007, na comparação com janeiro de 2006. O levantamento do IBGE inclui o Paraná entre os cinco estados que se destacaram com bom desempenho do comércio no mês. O Paraná ficou ao lado de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina. As informações são da Agência Estadual de Notícias.
"A pesquisa mostrou um bom desempenho da economia paranaense", atesta Vamberto Santana, assessor econômico da Fecomércio e professor da Universidade Federal do Paraná. "Tal desempenho explica-se por fatores como as liquidações realizadas pelo comércio no período e a redução das taxas de juros, que permitiu um aumento no volume de crédito. A estabilidade da inflação também estimula uma demanda adicional de consumo", afirma.
Um câmbio com o real valorizado também ajuda a explicar o bom desempenho do comércio, analisa Júlio Susuki, pesquisador do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). "Ele aumenta o poder de compra do consumidor, apesar do prejuízo que traz para a indústria nacional", diz. "Redução de impostos pelo governo do Estado também tem colaborado e menos relevantes, mas também importantes, são os programas de renda mínima do governo, que dão poder de compra a setores da população."
Setores
As vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação cresceram 57,5% em janeiro de 2007 na comparação com o mesmo mês de 2006, e lideram o bom desempenho paranaense. Em seguida, aparecem outros artigos de uso pessoal e doméstico, com aumento de 23,9%, móveis e eletrodomésticos (+18,6%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+15,4%), livros, jornais, revistas e papelaria (+4,5%), tecidos, vestuário e calçados (+1,3%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+0,8%). Apenas combustíveis e lubrificantes registraram baixa na comparação entre janeiro de 2007 e 2006 (-8,6%).