As vendas dos supermercados caíram 4% em setembro em relação a agosto, disse nesta quinta (29) o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda. Na comparação com setembro do ano passado, as vendas registraram crescimento de 6%.
A diminuição das vendas em setembro foi explicada em parte pelo fator calendário, uma vez que agosto teve cinco fins de semana completos, contra quatro em setembro, além do Dia dos Pais, no mês anterior, que se constitui em uma data de apelo para a movimentação do comércio, e setembro não teve nenhuma data "chamativa" nesse sentido.
No acumulado de janeiro a setembro o aumento nominal foi de 10,6%, comparado a igual período de 2008, mas o crescimento cai para 5,37% quando se desconta a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Sussumu Honda disse que prevê um fim de ano favorável com o crescimento das vendas. "O fechamento dos números nesses patamares, somado às boas perspectivas macroeconômicas e às vendas de final de ano, favorece a possibilidade de fechar o último trimestre de 2009 com bons índices de vendas. Isso nos deixa otimistas para o final do ano", disse.
Os números da Abras mostram que uma cesta de 35 produtos de largo consumo, que custava R$ 251,99 em setembro do ano passado, foi vendida por R$ 259,33 em setembro último, com uma majoração de 2,91%, mas a mesma cesta ficou 0,35% mais barata em relação a agosto deste ano.
Os produtos com as maiores altas foram sal (8,31%), batata inglesa (7,51%) e açúcar (7,22%), enquanto as maiores quedas foram registradas na comercialização de frango congelado (7,41%), leite longa vida (5,45%) e creme dental (4,42%).
O bom desempenho das vendas nos supermercados também favoreceram o comércio em geral nos shopping centers, que cresceram 9% no mês passado, sobre igual período de 2008, e acumulam 4,9% no ano, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Luiz Fernando Veiga.
Ele disse que os maiores níveis de venda foram contabilizados em lazer e entretenimento, responsáveis por cerca de 40% do aumento, e ressaltou a evolução de vendas também nas lojas de conveniência, serviços e alimentação; aí envolvendo mais diretamente as vendas dos supermercados presentes nos shopping centers.
Como o presidente da Abras, Luiz Fernando também manifestou confiança no aumento do movimento de vendas nos últimos meses do ano. Ele afirmou que o crescimento verificado em setembro, e que prossegue em bom nível também neste mês, comprovam o momento positivo da indústria, que agora coloca seu foco no Natal. "Estamos otimistas, e pretendemos fechar o ano com crescimento considerável", disse.