As vendas de veículos e motos, partes e peças recuaram 9,9% em novembro, em relação ao mesmo mês de 2013, a nona taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Como resultado, o varejo ampliado registrou queda de 2,7% no período, influenciada também pelo recuo de 2,4% no volume vendido de material de construção. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio divulgada nesta quarta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"O varejo ampliado teve a sexta taxa negativa interanual em função de sua dependência do resultado de veículos", disse Nilo Lopes, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
Houve pequena recuperação nas vendas de automóveis na comparação com o mês anterior, mas porque o volume vendido vinha muito baixo, na avaliação de Lopes. A alta nas vendas foi de 5,5% em novembro em relação a outubro, mas ainda insuficiente para recuperar o patamar do ano passado.
No acumulado de janeiro a novembro de 2014, a atividade de veículos e motos, partes e peças registrou retração de 9,5%. Como consequência, a taxa do varejo ampliado caiu 1,6% no período.
"Houve diversas situações que prejudicaram a atividade de veículos: o endividamento das famílias, a elevada inadimplência na área de veículos, o aumento na taxa de juros, um pouco de restrição ao crédito devido à inadimplência e a retirada gradual dos incentivos (como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados). Então é um conjunto de fatores", citou Lopes.