As vendas da indústria de materiais de construção no País caíram 6,5% em março em relação ao mesmo mês do ano passado. Já em comparação com fevereiro, houve alta de 12,2%. No acumulado do ano o faturamento apresentou queda de 6,3% e nos últimos 12 meses, encerrados em março, redução de 9,1%.
Os dados fazem parte de pesquisa divulgada pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). Os números consideram o faturamento deflacionado.
Em março, o nível de emprego na indústria de materiais de construção apresentou recuo de 5,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano houve queda no emprego de 6,7% e em 12 meses redução de 8,5%.
A Abramat divulgou nota informando que o mercado continua retraído para a indústria de materiais, embora o ritmo de queda tenha sido menor que nos meses anteriores. Já o comércio melhorou em março, mas boa parte da explicação está no maior número de dias úteis nesse mês.
"Fatores como juros alto, dificuldade de crédito, desemprego em alta e incertezas políticas continuam afetando negativamente o setor", diz Walter Cover, presidente da Abramat.
De acordo com a entidade, o mês de abril, com menos dias úteis e com a possibilidade de uma greve geral deverá apresentar nova queda nas vendas da indústria. "Aguardamos novas medidas e rapidez na implementação de medidas já anunciadas para a construção, para podermos pensar numa reversão dos números negativos nesses primeiros meses do ano", afirma Cover.