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Saldo negativo

Varejo paranaense fecha 2016 com retração de 3,08%

Redação Bonde com Assessoria de imprensa
13 fev 2017 às 17:18

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O varejo paranaense fechou o ano passado com retração de 3,08%. Apesar das receitas do comércio terem aumentado gradativamente a partir do segundo semestre, não foram suficientes para tirar 2016 do vermelho.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), que acompanha mensalmente a evolução do comércio de bens do Estado.

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Detentores de itens de primeira necessidade, os supermercados e as farmácias foram os únicos setores que obtiveram aumento nas vendas, com 2,92% e 1,03%, respectivamente.

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As lojas de departamentos amargaram as maiores perdas, com queda de 17,67%, motivada pelo fraco desempenho do setor na Capital (-21,63%) e nas demais regiões. As livrarias e papelarias também chamaram a atenção pela redução considerável nas vendas (-11,92%).

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As concessionárias de veículos não tiveram desempenho satisfatório e venderam 5,28% a menos do que em 2015, ano que já havia sido muito ruim para o setor, com -26,58%.


Diversos agentes econômicos, bem como a mudança no Governo Federal, produziram um conjunto de expectativas positivas a partir de agosto. Todavia, as melhorias desejadas não ocorreram com a intensidade necessária.

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Os frequentes fatos negativos no contexto político resultaram em desconfiança no setor privado, incluindo o comércio. Sendo assim, as expectativas positivas dos primeiros momentos pós-impeachment ainda não vingaram.


Além disso, os efeitos mais danosos à economia, com acentuada queda no faturamento do varejo, já haviam sido detectados no primeiro semestre, com pouca probabilidade de reversão.

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Análise regional


Entre as sete regiões pesquisadas, a região Oeste teve a redução menos significativa nas vendas, de 0,61%. Em Ponta Grossa a diminuição no acumulado do ano foi de 2,31%; no Sudoeste de 2,33%; em Londrina, de 2,78%; em Maringá, 3,57% e de 3,92% na Capital. O Litoral teve o pior desempenho de 2016, com baixa de 7,06% no faturamento do comércio.

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Vendas de Natal


Na comparação com novembro, as vendas foram 15,21% maiores. A região que mais vendeu na data foi o Sudoeste, com alta de 33,01% em comparação ao mês anterior. Curitiba teve um volume de vendas mais tímido no fim do ano, com elevação de 10,58%. Com relação ao Natal anterior, houve crescimento de 1,16%.

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Os melhores desempenhos vieram de setores que comercializam os presentes mais comuns dessa época: vestuário e tecidos (77,04%), calçados (110,01%), livrarias e papelarias (51,73%) e lojas de departamentos (48,18%).


Nível de emprego e Folha

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O Paraná terminou 2016 com desemprego de 5,39%. Os setores com as maiores demissões foram os de combustíveis e lubrificantes (-17,73%), concessionárias de veículos (-14,21%), livrarias e papelarias (-14,07%) e lojas de departamentos (-13,6%).


A maior redução de postos de trabalho ocorreu em Londrina, com queda de 9,5%. As demais regiões a diminuição do quadro funcional ficou na média de 5%. Apenas a região Oeste mostrou um pouco mais de resistência às demissões, com -1,52%.


Os rendimentos dos trabalhadores do comércio, que inclui salários e comissões sobre as vendas, foram 1,6% menores do que em 2015, especialmente no setor de combustíveis (-24,01%), lojas de departamentos (-6,31%), calçados (-5,57%) e concessionárias de veículos (-4,52%). Por outro lado, a folha de pagamento teve acréscimo nos ramos de óticas, cine-foto-som (7,51%), móveis decorações e utilidades domésticas (6,24%), materiais de construção (2,35%) e supermercados (1,64%).


Compras


A instabilidade vivenciada pelo país preocupa o empresário paranaense, que está mais cauteloso na formação de estoques. As compras de mercadorias em 2016 foram 6,01% menores do que em 2015. Os setores que apresentaram maior variação negativa no estoque foram as lojas de vestuário e tecidos (-15,38%), departamentos (-12,94%), materiais de construção (-13,1%) e livrarias e papelarias (-11,16%).

Por outro lado, os ramos de móveis, decorações e utilidades domésticas (9,11%), os supermercados (3,13%) e as farmácias (1,77%) ampliaram o volume de compras de mercadorias.


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