O saldo das trocas de mercadorias e serviços do Brasil com o resto do mundo – as transações correntes – encerrou 2016 com déficit acumulado de US$ 23,5 bilhões, o equivalente a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em um país).
No fim de 2015, o saldo negativo acumulado era maior: US$ 58,9 bilhões, o equivalente a 3,28% do PIB. O resultado de dezembro foi déficit de US$ 5,9 bilhões ante déficit de US$ 2,4 bilhões em dezembro de 2015. Os dados foram divulgados hoje (24) pelo Banco Central (BC).
A conta de serviços, que inclui viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos e seguros ficou negativa em US$ 30,4 bilhões no acumulado do ano passado e em US$ 3,4 bilhões no mês de dezembro . O saldo da balança comercial, por sua vez, ficou positivo em US$ 45 bilhões em 2016.
Contribuiu também para o déficit anual a conta financeira, que inclui o investimento no exterior e investimento direto no país. Houve saldo negativo de US$ 16,2 bilhões em 2016. Em dezembro também houve déficit, de US$ 5,75 bilhões.
No ano de 2016, os investimentos diretos no exterior somaram ingressos líquidos de US$ 7,75 bilhões ante US$ 13,5 bilhões em 2015. Já os investimentos diretos no país tiveram ingressos líquidos de US$ 78,9 bilhões no ano passado. Em 2015, os ingressos totalizaram US$ 74,48 bilhões.