Os trabalhadores dos Correios faziam hoje uma última tentativa de acordo com a estatal para evitar o julgamento do dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), marcado para esta terça-feira (11).
Representantes dos sindicatos da categoria se reuniram com o ministro do TST, Maurício Godinho Delgado, relator do processo, na tentativa de acertar um acordo. Até às 20h30, a reunião ainda não havia terminado.
Nesta segunda-feira (10), as 35 assembleias de sindicatos regionais em todo o País rejeitaram a proposta do presidente do TST, João Orestes Dalazen, de concessão de abono de R$ 800 e aumento real de R$ 60 a partir de janeiro, apresentada na última sexta-feira. Pela proposta, os seis dias descontados na folha de pagamento de setembro seriam devolvidos e descontados a partir de janeiro de 2012, na proporção de meio dia por mês.
Amanda Gomes Corcino, presidente do Sintect-DF, disse ao Grupo Estado que o ponto de impasse é o desconto dos seis dias. "Os trabalhadores não vão aceitar", ressaltou. Caso haja o julgamento do dissídio, porém, todos os dias de greve devem ser descontados, e de uma só vez, conforme advertiu o próprio presidente do TST. Esse desconto representaria a perda de um mês inteiro de salário, já que a greve completou ontem 27 dias. O número de correspondências em atraso já chegou a 173 milhões.