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Tensão externa derruba bolsa

24 jun 2010 às 15:05

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda praticamente generalizada nesta quinta-feira, 24, influenciada pelo clima tenso dos mercados externos. Nem a divulgação de dados melhores do que o esperado nos Estados Unidos conseguiu inverter o sentimento de aversão ao risco que predomina entre os investidores. Empresas de varejo, construtoras e bancos puxam as baixas.

Às 14h46, o Ibovespa registrava desvalorização de 1,22% aos 64.352 pontos. Na pontuação mínima alcançou 63.735 pontos (-2,19%). No mesmo horário, o Dow Jones caía 0,64% e o S&P 500 registrava baixa de 0,85%.


Segundo operadores, uma nova rodada de preocupação sobre a sustentabilidade da economia global volta ao radar dos mercados, após a avaliação mais cautelosa do Federal Reserve sobre o ritmo da recuperação econômica norte-americana. "O dia deve ser marcado mais uma vez pela volatilidade", avalia o analista de investimentos da SLW Pedro Galdi.


Para a chefe de análise da Spinelli Corretora, Kelly Trentin, o movimento reflete o aumento da taxa de desemprego no Brasil. Segundo dados do IBGE, a taxa de desemprego apurada nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 7,5% em maio, ante 7,3% em abril. A profissional acrescenta que parte da queda também pode ser uma realização de lucros em cima da recente alta registrada por esses papéis.


O setor financeiro também é destaque de queda. Operadores destacam que as ações dessas empresas têm acompanhado a queda dos bancos no exterior, por conta do temor em relação aos bancos europeus.

Banco do Brasil, especificamente, sofre influência da oferta de ações da instituição. A operação prevê a distribuição primária de 286 milhões de ações ordinárias e secundárias de 70.849.660 papéis. A quantidade de papéis inicialmente ofertada poderá ser acrescida de um lote suplementar de até 39.150.340 ações. O valor por ação da operação, só será conhecido no próximo dia 30.


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