A Região Metropolitana de Curitiba registrou índice de desemprego de 3,8% da população economicamente ativa (PEA) em julho. O índice caiu com relação ao mês anterior (4,1%) e se equipara ao da região metropolitana de Porto Alegre, como os mais baixos na avaliação divulgada nesta quinta-feira (23). Os dados são da pesquisa mensal de emprego feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
O rendimento médio real do trabalho na RMC foi de R$ 1.891,80, que representou queda de 0,9% com relação ao do mês anterior. Ainda assim, é o maior rendimento entre as regiões divulgadas para este mês, colocando-se à frente de São Paulo e Belo Horizonte. Em razão de paralisações dos funcionários dessa instituição, não foram calculados até o momento os indicadores para as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e Salvador, o que impede a obtenção das médias em âmbito nacional.
A oscilação na ocupação da população economicamente ativa, observada em relação ao mês anterior, decorre de pequeno aumento no volume de pessoal ocupado, com indicativos de ampliação nos setores de serviços e da construção civil.
Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho (MTE) vêm apontando para redução no saldo líquido de contratações formais. Em julho, o saldo na RMC evoluiu apenas 0,05% contra o mês anterior, e acumulou no ano expansão de 2,85%, em face dos 3,89% registrados para o Paraná e 3,25% para o Brasil nessa comparação.
De acordo com Daniel Nojima, diretor do Centro Estadual de Estatística, do Ipardes, o mercado doméstico mantém-se aquecido conforme revelam as estatísticas de vendas do setor varejista, que no primeiro semestre acumularam, conforme o IBGE, 7,0% de expansão no país; no Paraná, a taxa para o setor foi de 9,7% nesse período.