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Tarifa de ônibus é a que mais cresceu em 2005

25 jan 2006 às 17:38

A manifestação que parou a capital federal na sexta-feira (6) também já tomou outras cidades brasileiras. Recife, Florianópolis, Salvador e Franca, no interior paulista, foram palco de protestos do Movimento Passe Livre (MPL). O MPL defende a criação de um passe gratuito para estudantes. As informações são da Agência Brasil.

A tarifa de ônibus representa até 8% do orçamento familiar em algumas cidades, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os preços de passagem respondem por 5% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - usado para o cálculo da meta de inflação pelo Banco Central.


É o preço administrado que mais pesou de janeiro a novembro do ano passado, segundo pesquisa da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda. A tarifa de ônibus também foi o preço administrado que mais cresceu em 95, 98, 2001 e 2003.


Preços administrados são os regulados por órgãos governamentais - como tarifas de energia, telefone, ônibus, gasolina e planos de saúde. Estudo da Seae mostra que, entre maio de 1995 e novembro de 2005, os preços administrados subiram quase quatro vezes mais que os preços livres - que não têm nenhum tipo de regulação, como alimentos, roupas e eletrodomésticos. Somente até novembro do ano passado, os preços administrados cresceram 8,38%, contra 4,02% dos preços livres.


A Saea critica a falta de periodicidade ou índice definido para reajuste das tarifas. Os aumentos de tarifa estão vinculados ao custo do serviço e, segundo conclui o estudo da Seae, estão sujeitos a variações do "ciclo político". "Em geral, nos anos de eleição municipal, há prefeituras que deixam de reajustar as tarifas de ônibus urbanos", diz o documento. Em 2004, por exemplo, as passagens de ônibus permaneceram estáveis em Salvador, São Paulo, Goiânia e Distrito Federal.


O protesto de cerca de 500 estudantes esta semana, em Brasília, terminou com dezesseis pessoas presas (dentre elas, dois menores) e seis policiais militares ficaram feridos, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal.

Em Londrina, o preço da tarifa do coletivo subiu de R 1,90 para R$ 2,00. O novo valor entrou em vigor neste domingo (8).


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