Não há outro lugar no mundo com tarifa de celular tão cara quanto o Brasil. Os preços, no entanto, variam drasticamente de um plano para outro e de uma operadora para outra. A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor Pro Teste identificou em um estudo, por exemplo, que esses custos variam até 814%.
Com tamanha discrepância entre os preços, o consumidor que procurar bem conseguirá "desperdiçar" menos recursos ao mês com o celular, segundo os institutos de defesa do consumidor. Para começar, é preciso optar entre o celular pré ou pós-pago. O estudo da Pro Teste, assim como um outro material produzido pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) sobre esse tema, detectam de cara que o custo do minuto do pré-pago é mais alto. Por outro lado, com o pré-pago é mais fácil ter controle de quanto será gasto no mês com o celular, evitando surpresas no fim do mês.
O Idec encontrou nos sites das principais operadoras do País tarifas de R$ 1,39 a R$ 1,49 por minuto para pré-pagos. Em alguns casos, há tarifas mais baratas para as ligações feitas entre aparelhos da mesma operadora. Nos planos pós-pagos, o preço por minuto varia de R$ 0,88 a R$ 1,10 e as mensalidades, de R$ 35,90 a R$ 58,90.
"Hoje, 82% das ligações são feitas de telefones pré-pagos, que são uma importante opção para o consumidor que não pode arcar com o alto custo mensal dos planos pós-pagos", diz Guilherme Varella, do Idec. "Para alguns perfis, como por exemplo aqueles que recebem mais ligações do que fazem, o pré-pago pode ser mais vantajoso", completa.
Para fazer a comparação entre os planos de pré e de pós-pagos, a Pro Teste elaborou um perfil de usuário que fala por 300 minutos em 150 ligações locais de dois minutos, ao longo de um mês. No perfil, não há ligações DDD e 80% das chamadas são feitas no horário reduzido, metade para números da mesma operadora, 25% para telefones fixos e os outros 25% para celulares de outras operadoras. "Aplicando essa situação ao Estado de São Paulo, os planos pós-pagos são sempre as melhores opções", diz Maria Inês Dolci, da Pro Teste. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.