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Suspeita de cartel em Londrina: Nurce entra no caso

09 jun 2009 às 13:45

As investigações sobre os preços dos combustíveis em Londrina ganharam um reforço nesta segunda-feira. A partir de agora, o Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos também vai participar das ações iniciadas pelo Ministério Público (MP), pela coordenadoria municipal do Procon e Polícia Federal. Na tarde desta segunda-feira (8), houve uma reunião entre os representantes dos quatro órgãos na sede do MP em Londrina.

O delegado do Nurce, Fernando Martins, disse que o objetivo da primeira reunião foi tomar conhecimento do assunto. Logo após o encontro, ele anunciou que vai designar uma equipe para acompanhar as investigações. ''O que queremos é dar uma resposta o mais rápido possível à sociedade'', afirmou. A coordenadoria regional do Nurce fica na cidade de Maringá, mas tem autonomia para agir em todo Estado. O órgão é formado por agentes das Polícias Civil e Militar.


Martins pretende focar as investigações em dois pontos básicos. ''A princípio, vamos investigar a possibilidade de formação de cartel, porque há evidências da combinação de preços dos combustíveis na cidade, e vamos investigar também a possibilidade de sonegação fiscal''. O delegado espera que a sociedade participe dos trabalhos repassando informações aos órgãos que realizam as investigações.


O convite para participação do Nurce foi feito pelo promotor de Defesa do Consumidor, Miguel Sogaiar. ''A inclusão do núcleo significa que haverá um aprofundamento nas investigações dos combustíveis em Londrina a partir de agora'', disse o promotor.


A investigação em Londrina começou na quarta feira da semana em uma ação conjunta do Ministério Público com a coordenadoria municipal do Procon. Na quinta feira, a operação ganhou o reforço da Polícia Federal e, agora, do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos.


A Polícia Federal entrou nas investigações depois da denúncia de que o dono de um posto havia sido ameaçado por reduzir os preços dos produtos. Nesse mesmo dia, o delegado da Polícia Federal, Evaristo Kuceki, admitiu indícios da formação de cartel na cidade.


A previsão é que esta etapa dos trabalhos dure até o final deste mês com a tomada de depoimentos de todos os empresários do setor.


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