A valorização do real levou São Paulo e Rio de Janeiro a subir oito posições em um ranking de cidades mais caras do mundo.
A lista, elaborado pela consultoria Economist Intelligence Unit, braço de pesquisa e análise da revista The Economist, leva em conta os custos de vida e de serviços, e serve como parâmetro para empresas calcularem os salários de seus executivos.
As duas maiores metrópoles brasileiras empataram em 79º lugar na lista. Segundo a pesquisa da EIU, o custo de vida de cariocas e paulistanos equivale a 72% do custo de vida enfrentado por nova-iorquinos.
Ambas as cidades haviam ficado em 87º lugar no ano passado, o que já representava um avanço de 22 posições no ranking.
Junto com o Paraguai, o Brasil foi o único país da lista a ver os preços de suas cidades aumentarem relativamente a outras capitais, afirmou o relatório.
Mas a metrópole latino-americana mais cara é a Cidade da Guatemala, que passou a capital mexicana. Os custos de vida nessas cidades equivalem a, respectivamente, 79% e 80% do custo de vida em Nova York.
Ainda assim, diz a consultoria, a América Latina mantém o custo de vida mais barato do mundo. Nenhuma das cidades ficou entre as 50 mais caras do planeta, e os preços equivalem, em média, a pouco mais de 60% do preço de Nova York.
Emergentes
Entre os países emergentes, as capitais brasileiras se revelaram mais caras que as da Índia, mas bem mais baratas que as russas e chinesas.
Moscou (26ª posição) é hoje tão cara quanto Nova York, e cerca de 20% mais cara que Pequim (63ª posição). O custo de vida na capital chinesa equivale a 80% do custo de NY.
Já Mumbai e Nova Déli têm custos de vida equivalentes a menos da metade dos de Nova York.
Pelo segundo ano consecutivo, Oslo, a capital da Noruega, ficou no topo do ranking, custando 32% mais que NY.
Em seguida vieram Paris, Copenhagen e Londres. As cidades do norte da Europa Ocidental dominaram entre as mais caras do mundo.
A capital japonesa, Tóquio, que liderou o ranking por 14 anos, continuou caindo nesta lista, por causa do iene desvalorizado e das baixas taxas de inflação no Japão.
O mesmo fator – a moeda desvalorizada – fez com que cidades americanas como Chicago, Los Angeles e São Francisco estejam tão ou até mais baratas que canadenses como Vancouver, Montreal e Toronto.
Fonte: BBC Brasil