O preço da energia elétrica para as residências dos brasileiros subiu até agora em 33 das 64 distribuidoras que funcionam em todo o país. Houve queda em 20 delas e ainda faltam 10 reajustes de tarifa que serão anunciados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) até o dia 28 de dezembro. Já as contas de alta tensão, como os consumidores industriais, houve aumento em 50 das 54 com reajustes já autorizados pela agência. As informações são da Agência Brasil.
No caso dos consumidores residenciais, os maiores reajustes foram na Cataguazes-Leopoldina (MG), com 13,94%; na Bandeirante (SP), com 13,18%; e na Santa Maria (ES), com 10,55%. Os destaques das empresas que tiveram baixa na conta de luz foram a Copel (PR), com -12,71%; CEEE (RS), com -9,39%; e a Cenf (RJ) com -8,51%.
Para os consumidores industriais, que são abastecidos com tensão acima de 2,3 quilovolts, os maiores reajustes do ano foram Santa Maria (ES), com 32,14%; Cataguazes-Leopoldina (MG), com 23,67%; Bragantina (SP/MG), com 19,60%; e Celtins (TO), com 17,15%. Houve queda na conta em apenas quatro delas: Muxfeldt (RS), com -11,56%; CEEE (RS), com -5,90%; CEB (DF), com -2,05%; e Cocel (PR), com -0,15%.
Embora os reajustes tenham sido maiores, na média o preço para os industriais é mais barato do que para as residências. Segundo avaliação do professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Pinguelli Rosa, as empresas pagam aproximadamente R$ 50 o megawatt-hora, enquanto os consumidores residenciais chegam a desembolsar até R$ 400 pela mesma quantia de energia elétrica.
O preço da luz é composto por uma tarifa básica, reajustada anualmente e revisada a cada quatro anos quando vencem os contratos de concessão, além de acréscimos das taxas de iluminação pública e dos impostos previstos em cada estado, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).