O programa Minha Casa, Minha Vida pode passar por turbulências na virada de 2014 para 2015, de acordo com estimativa do presidente do Sinduscon-SP, Sérgio Watanabe. "O programa sofre consequências na virada de governo, independentemente do partido que estiver no poder", observou nesta segunda-feira, 02, durante entrevista coletiva.
O presidente do sindicato lembrou que nos primeiros meses do governo Dilma Rousseff não houve lançamento de empreendimentos na faixa 1 do programa (destinada a famílias de até R$ 1,6 mil de renda mensal), devido a falta de ajustes por parte do governo para garantir a viabilidade dos novos projetos. "Em 2010, o Minha Casa ficou inativo por quase dez meses", frisou.
Watanabe criticou a falta de previsibilidade sobre a continuidade do programa e eventuais ajustes nas faixas de renda, valores dos imóveis e subsídios. "Isso provoca instabilidade para o investidor. Hoje, véspera de eleição, nenhum investidor vai fazer mais novos projetos no Minha Casa, Minha Vida sem saber o futuro do programa", afirmou, referindo-se ao período após 2014.
O programa tem metas definidas até dezembro do ano que vem, e o governo federal já sinalizou a intenção de estendê-lo, mas ainda não definiu as condições e as metas para o período seguinte. "O Minha Casa tem esse problema de não ser um programa de Estado. Ele é do PT. É um bom programa, mas estamos sem previsibilidade", completou.