Crise
A greve dos bancários em Londrina completou uma semana nesta quinta-feira (26) sem perspectiva de um ponto final. Após sete dias, a categoria acusa os bancos de não apresentarem nenhuma proposta para início das negociações.
Segundo o Sindicato dos Bancários, mais de 95 agências tiveram as atividades paralisadas na região de Londrina nesta quinta-feira com adesão de 82% dos trabalhadores ao movimento nacional.
Em entrevista ao Portal Bonde, o presidente da entidade, Wanderley Crivellari, criticou o "silêncio dos bancos" durante a primeira semana de greve. Ele ainda lembrou que houve tentativa de impedir o movimento com ações na Justiça. "Até agora, os pedidos foram negados, o que mostra a legitimidade do movimento. Ao invés de apelar para Justiça ou fingir que a greve não existe, os bancos deveriam apresentar uma proposta decente na mesa de negociação. Não é possível instituições que lucram bilhões por ano não tenham nenhuma proposta para apresentar", protestou.
De acordo com Crivellari, a adesão no início da greve foi superior ao movimento realizado na região no ano passado. "Isso mostra a insatisfação da categoria, principalmente com o dia-a-dia dos profissionais que são pressionados no cumprimento de metas, o que contribui muito com problemas de saúde", afirmou.
Atendimentos
O presidente do sindicato disse que as salas de autoatendimento estão sendo mantidas "para tentar minimizar" os problemas enfrentados pela população durante a greve. "O prejuízo para população é inevitável, pois trabalhamos com prestação de serviços, por mais que o objetivo seja atingir o patrão. No entanto, existe boa vontade da parte do sindicato para com a sociedade", garantiu Crivellari, lembrando que aposentados e pensionistas estão sendo atendimento por trabalhadores nas agências.