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Sindicato busca na Colômbia motoristas para trabalhar no Paraná

25 fev 2014 às 11:41

A Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística (NTC&Logística) calcula que o déficit de motoristas no Brasil já atinja 13% da frota das transportadoras, representando, aproximadamente, 100 mil profissionais. Para tentar suprir esta demanda, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar) está recrutando motoristas na Colômbia. "Por meio de parcerias, estamos selecionando colombianos que estejam interessados em vir trabalhar aqui no Paraná. Hoje já temos 10 trabalhando em empresas associadas e a previsão é que, em três meses, já sejam 50", relata Gilberto Cantú, presidente do sindicato.

Cantú explica que a ideia surgiu quando conheceu um instrutor de motoristas da Colômbia e o convidou para realizar o curso do ISET (Instituto Setcepar de Educação no Transporte), cujo objetivo é proporcionar treinamento às empresas de transporte que quiserem aperfeiçoar ainda mais a equipe de motoristas. Quando voltou para o seu país de origem iniciou uma parceria com o sindicato, comentando com os amigos sobre as oportunidades no Brasil, o que gerou uma grande consulta sobre vagas. "A partir disso, fomos verificar a possibilidade da vinda destes motoristas e iniciamos o processo da legalização da mudança e do visto de trabalho, dentro da nossa Consolidação das Leis do Trabalho. Já temos mais de 200 currículos de motoristas colombianos em nosso banco de dados e a expectativa é que a cada dia este número aumente", comenta.

O Presidente do Setcepar destaca que hoje há uma demanda de mais de cinco mil vagas de motoristas, principalmente carreteiros, para suprir as necessidades dos transportadores do Paraná. Por isso, esta iniciativa está sendo vista como positiva pelas empresas. "Claro que eles precisam passar por um treinamento de aperfeiçoamento das nossas normas e regras, que fazemos no curso do ISET, mas os transportadores estão investindo nisso pela necessidade e também pela competência e seriedade que os primeiros profissionais que chegaram já mostraram ter. Acreditamos que, por meio desta ação, iremos conseguir preencher, aos poucos, as vagas que o mercado oferece", conclui.


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