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Sindicato aceita proposta do TRT, mas Bosch recusa

22 jun 2011 às 16:09

Não foi bem sucedida a tentativa de negociação, que durou quase duas horas, hoje, entre a Bosch e o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, para colocar fim à greve iniciada no dia 17. A tentativa ocorreu pela manhã no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Curitiba.

Uma proposta conciliadora, articulada pela desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão, de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no valor de R$ 7 mil foi aceita pelos trabalhadores, mas "não pôde ser aceita desde logo" pela direção da Bosch na Alemanha.


As duas partes comprometeram-se a continuar com a negociação durante a tarde de hoje, com vistas a chegar a um consenso que possa ser firmado em nova audiência, a princípio marcada para sexta-feira, dia 24.


Nesse período, o sindicato também se comprometeu a não impedir a entrada na empresa dos metalúrgicos que desejarem trabalhar. "Como de resto até agora assim o procedeu", registrou a desembargadora na ata.


A audiência começou tensa, com advogados da empresa acusando o sindicato de não ter respeitado a decisão da maioria dos trabalhadores que, segundo eles, teriam aceitado a proposta de uma PLR de R$ 6 mil. Por isso, eles pediam a decretação da ilegalidade do movimento.


Já o sindicato afirmou que a empresa tinha colocado os trabalhadores mensalistas e de cargos de confiança, que não são abrangidos pela PLR, para votar a favor da proposta na assembleia. A empresa sustentava que em torno de 60% dos cerca de 4 mil trabalhadores estavam na unidade, enquanto o sindicato dizia que o porcentual não chegava a 15%.


Depois de ouvir as reclamações, a desembargadora destacou que considerava legítimo que cada parte desabafasse, mas procurou encaminhá-las para a solução financeira. "Podemos e devemos proceder a uma negociação", convocou.

A empresa afirmou que havia melhorado a proposta inicial de R$ 5,2 mil, concedendo R$ 6 mil para 100% das metas. Já o sindicato disse que também havia cedido, pois o pedido inicial era de R$ 9 mil e havia baixado para R$ 8 mil. A partir desses argumentos, ela sugeriu que R$ 7 mil poderia ser um valor de equilíbrio, valor que as duas partes discutiriam.


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