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Setor de Alimentos e Bebidas perde fôlego e IPCA desacelera alta em agosto

09 set 2016 às 11:22

O grupo Alimentação e Bebidas diminuiu o ritmo de alta de 1,32% em julho para 0,30% em agosto. Foi o principal responsável pela desaceleração da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, que passou de 0,52% para 0,44%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O grupo saiu de um impacto de 0,34 ponto porcentual para o IPCA de julho para 0,08 ponto porcentual sobre a taxa de agosto.


O recuo nos preços da batata-inglesa (-8,00%) e do feijão carioca (-5,60%) deram as maiores contribuições negativas para a inflação do último mês: -0,03 ponto porcentual cada um. Ainda assim, o feijão carioca acumula alta de 136,57% no ano, devido aos fortes aumentos registrados nos últimos meses. Já a batata-inglesa já ficou 13,39% mais cara no ano.


Na direção oposta, as frutas exerceram a maior pressão sobre o IPCA. A alta de 4,94% no item resultou numa contribuição positiva de 0,05 ponto porcentual para a taxa de inflação do mês.


Hotéis


A realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro inflacionou o valor desembolsado pelas famílias por hospedagem em agosto. As diárias de hotel ficaram 11,58% mais caras, segundo os dados do IPCA.


Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, sede dos jogos, o aumento alcançou 111,23% no mês.


"Os hotéis do Rio em agosto mais do que dobraram de preço", ressaltou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

O item impulsionou a alta de 0,96% no grupo Despesas Pessoais em agosto, que teve o maior impacto sobre a taxa do IPCA do mês, o equivalente a uma contribuição e 0,10 ponto porcentual para a inflação de 0,44%.


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