Cerca de 80 servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e dos ministérios da Saúde e do Trabalho ocupam a sede da Gerência Executiva do INSS de Londrina, na avenida Duque de Caxias, na manhã desta sexta-feira (28), em protesto ao corte de ponto dos grevistas. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Ação Social do Estado do Paraná (Sindprevs), não houve pagamento de salários referente a julho.
Segundo Lincoln Ramos, um dos diretores do Sindprevs, os cortes foram feitos apenas em Londrina e Ponta Grossa. "Estamos em reunião com a gerência, que alega ter cumprido apenas ordens de Brasília", disse em entrevista ao Portal Bonde. "Para garantir o nosso direito, estamos ingressando com um mandado de segurança junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a situação".
De braços cruzados desde o dia 7 de julho, o INSS continua atendendo perícias médicas agendadas nas três unidades de Londrina. Emissão de carteiras e entrada de benefícios na Delegacia Regional do Trabalho, localizada na avenida Rio Branco, estão suspensas.
A pauta de reivindicações inclui reposição salarial de 27% referente às perdas acumuladas nos últimos três anos, realização de concurso público para aumento do efetivo, aprovação de Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) e incorporação de gratificações. Com a justificativa de aumentar a qualidade de atendimento ao público, a categoria também exige a implantação de turnos ininterruptos, fim do assédio moral e terceirização.
O Governo Federal, por sua vez, oferece 21% de reajuste. Ramos afirma que os servidores já rejeitaram a proposta e esperam a reabertura de negociações junto ao Ministério do Planejamento. "Não há previsão para o encerramento do movimento", reforçou.