Após passar os dois últimos anos colocando a casa em ordem, a atual direção da Sercomtel pretende ingressar no mercado financeiro em 2015. A telefonia tem a intenção de captar R$ 50 milhões por meio de operações estruturadas de crédito ou da aquisição de títulos (debêntures). "Durante muito tempo, a Sercomtel se manteve com recursos próprios e, por isso, acabou estagnada: sem dívidas, mas também sem dinheiro em caixa para fazer novos investimentos", explicou o presidente da telefonia, Christian Schneider, em entrevista ao Bonde nesta segunda-feira (16).
Na avaliação dele, a captação de recursos no mercado financeiro tornou-se "natural" para qualquer empresa brasileira, principalmente às que estão no setor de telecomunicações.
De acordo com o presidente da Sercomtel, a empresa precisa dos recursos para modernizar o sistema já instalado em Londrina e, principalmente, expandir a oferta de seus serviços para outros municípios paranaenses. "Atualmente, estamos presentes em 76 cidades, sozinhos, com recursos próprios, ou através de parcerias com a Copel Telecom", lembrou.
Schneider destacou que os recursos do mercado financeiro vão ajudar a Sercomtel a ampliar o oferecimento de seus planos, tanto da telefonia fixa como da móvel, para outros 33 municípios do estado. "Devemos entrar nessas cidades com cerca de 30 mil habitantes cada no decorrer dos próximos cinco anos", observou.
Questionado sobre o atual momento da empresa, Schneider lembrou que o país passa por uma grave crise econômica, mas garantiu: "Temos todas as condições de fechar 2015 com resultados semelhantes aos obtidos no ano passado". Já em relação ao balanço de 2014, o presidente da Sercomtel desconversou: "Vamos divulgar os dados só na primeira quinzena de março".