O 12º dia de greve dos bancários terminou sem proposta e sem negociação entre as partes, segundo os grevistas, impondo a continuação da greve nesta terça-feira (6). O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região informou que nesta segunda-feira (5) foi o dia de maior mobilização, com 46.620 bancários de braços cruzados e 554 locais, ante a última segunda-feira, 28 de setembro, quando mobilizou 39 mil funcionários.
Não há uma nova data para conversa entre as partes. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi procurada, mas não atendeu as ligações da reportagem.
A entidade patronal propõe novas regras para o pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), limitando em 1,5 salário, num teto de R$ 10 mil e 4% do lucro líquido do banco. Os bancários reivindicam 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), PLR composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850.
De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), o 12º dia da greve nacional dos bancários terminou com novas adesões em todo o país, nesta segunda-feira, 5, apesar dos interditos proibitórios e da repressão dos bancos.
O número de agências fechadas manteve-se elevado em todos os 26 estados e no Distrito Federal (aumentando de 7.053 para 7.054) e a participação dos bancários se ampliou com a paralisação de grandes centros administrativos, como a Cidade de Deus, sede do Bradesco em Osasco, e o Centro Empresarial Itaú Conceição (CEIC), do Itaú, na Zona Sul de São Paulo.