Crise
A Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Santa Catarina decidiu, nesta quinta-feira (18), suspender o embargo às carnes bovina e suína do Paraná. As barreiras sanitárias do Estado deverão receber a instrução de serviço para liberar a entrada da carne paranaense até o final de semana. A entrada de carnes suína e bovina em SC estavam suspensa desde novembro de 2005 por conta da suspeita de foco de aftosa. Já o Rio Grande do Sul ainda irá manter a restrição.
A decisão foi resultado de uma reunião, na manhã de ontem, em Florianópolis, entre os secretários de agricultura do Paraná, Newton Pohl Ribas, e de Santa Catarina, Antônio Ceron. Ribas apresentou aos técnicos catarinenses o documento do Departamento de Sa© úde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em que o órgão reconhece os trabalhos do Paraná para voltar a ser declarado área livre de aftosa.
O assessor de Ceron, Fernando Driessen, explicou que com a suspensão do embargo a entrada de carnes do Paraná em Santa Catarina volta a seguir as regras que valiam antes da suspeita de foco de aftosa. O Mapa impõe algumas restrições, pois o status dos dois estados em relação à doença é diferente. O Paraná é considerado área livre de aftosa com vacinação e Santa Catarina é área livre sem vacinação.
Segundo Driessen, podem entrar em Santa Catarina carne bovina sem osso maturada, devidamente embalada e rotulada, carcaça de suíno para industrialização (suínos vivos somente para reprodução), e caprinos e ovinos, desde que respeitadas as normas de quarentena impostas pelo Mapa. Ainda no caso de bovinos, a Secretaria de Agricultura catarinense deverá viabilizar corredores sanitários para transporte de animais vivos do Paraná para o Rio Grande do Sul, caso este estado tenha interesse.
A reunião não teve avanço com o secretário interino de Agricultura do Rio Grande do Sul, Celso Bernardi. O embargo será mantido, pelo menos, até o início de fevereiro. A decisão de suspender o embargo ficará com João Carlos Machado, que assumirá a secretaria no próximo dia 22. O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, já defendeu que seja mantida a Portaria nº 200, editada pelo governo riograndense, restringindo o ingresso de gado em pé e de carne com osso em território gaúcho. As informações são da Folha de Londrina.