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Saque de contas inativas deve injetar R$ 43 bilhões na economia

14 fev 2017 às 12:45

O governo federal estima que 18 milhões de trabalhadores saquem das contas inativas do FGTS, com uma injeção de recursos na economia na ordem de R$ 43 bilhões. Para os defensores da ideia, os saques não vão causar impacto significativo no saldo do FGTS, de R$ 380 bilhões. Mas o setor da construção criticou a liberação do saldo total das contas inativas. O argumento do presidente Michel Temer foi de que 86% das contas têm saldo inferior a R$ 880 (salário mínimo de 2016).

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, falou em entrevista à Rádio Estadão nesta terça-feira que o saque nas contas inativas do FGTS deverá injetar, apenas na economia do Estado de São Paulo, algo em torno de R$ 19 bilhões. "Só no Estado de São Paulo, são 6 milhões de trabalhadores (que devem sacar seus valores), com expectativa de investimento na economia na faixa de R$ 19 bilhões."


Na entrevista à Rádio Estadão, Nogueira reiterou que têm direito a sacar os valores aqueles trabalhadores que pediram demissão de seus postos do trabalho até dezembro de 2015 ou os aqueles que foram demitidos por justa causa. "Alguns trabalhadores estão em dificuldade e podem utilizar o dinheiro para pagar dívidas, outros para investimentos. O governo não pretende interferir na forma como o trabalhador vai utilizar o dinheiro porque isso pertence a ele."

O calendário para o saque já foi divulgado. Os primeiros com direito a saque, no mês de março, são os nascidos em janeiro e fevereiro. Quem está empregado, tem a conta inativa e se enquadra nas regras pode retirar o dinheiro. O dinheiro pode ser sacado de uma só vez. Quem tem várias contas, desde que inativas, pode sacar também; a conta do atual emprego não entra porque está ativa. "De março a julho deste ano há a expectativa de que 70% dos trabalhadores com contas inativas façam o saque", destacou Ronaldo Nogueira.


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