Estruture as ações priorizando o valor que emerge da qualidade das relações, o chamado P2P (Pessoa por Pessoa), e alinhe a atividade a ser ofertada a uma combinação elaborada entre tecnologia, estilo de vida almejado e propósitos que estão acima das próprias vontades. Estas são diretrizes fundamentais à configuração de qualquer negócio sob a lógica da chamada economia colaborativa e criativa.
E são esses os princípios que norteiam nomes consagrados na economia global, como a criadora da rede colaborativa de troca de tempo por serviços Bliive (bliive.com), a baiana criada em Ponta Grossa, Lorrana Scarpioni. Ela já foi apontada pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) como uma dos dez brasileiros mais inovadores com menos de 35 anos.
A FOLHA acompanhou o Fórum de Economia Colaborativa – Conexões Disruptivas promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham-Curitiba) no último dia 27, em Curitiba. Lorrana integrou o time de palestrantes e mediadores que, em 20 minutos, traçou os pilares dessa nova ordem de desenvolvimento respaldado pelos resultados dos respectivos empreendimentos desse novo modelo.
No caso do Bliive (trocadilho com "believe", que significa acreditar em inglês), em três anos de existência a rede colaborativa já conta com 120 mil usuários, 7 milhões de visualizações e mais de 35 mil trocas de serviço ou, como Lorrana define, de tempo, sem envolver o dinheiro ou qualquer outro meio de pagamento não convencional.
"Precisamos ressignificar a nossa relação com o dinheiro e o tempo. Na rede todo mundo tem 24 horas e troca o seu talento e tempo pelo talento e tempo do outro. Há várias histórias de pessoas vivendo a colaboração por meio da troca do tempo, isso afasta a ideia de crise, pois há uma escassez de papel, mas não de recursos, pois vivemos tempos de abundância e de alto desperdício", destaca Lorrana.
Para a especialista em economia colaborativa e criativa, cofundadora e cogestora da Rede de Economia Criativa do Paraná (Redec), Patrizia Bittencourt, a razão para tamanho sucesso do Bliive e tantos outros exemplos de negócios colaborativos se respalda em uma transformação da forma de se consumir.
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