O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou nesta sexta-feira, 17, que o partido está preparando uma campanha nacional contra a reforma da Previdência. Segundo Falcão, a liderança do partido está mapeando as regiões do País onde os deputados possuem mais votos para "pressioná-los" a não aprovar a medida proposta pelo governo do presidente Michel Temer, que chamou de "golpista".
O petista participou da abertura do 2.º Encontro Nacional de Mulheres Eleitas pelo PT, em Brasília, que também conta com a presença da ex-presidente Dilma Rousseff. "A reforma (da Previdência), além de prejudicar o conjunto da população, afeta gravemente as mulheres, seja pela equiparação do limite de idade, por reduzir possibilidade de pensão, enfim, há uma discriminação odiosa contra as mulheres", declarou Falcão. Ele criticou a possibilidade de flexibilização da carga horária das mulheres, caso comprovem que dividem as tarefas com os homens em casa.
Falcão lembrou que o partido terá um encontro municipal no dia 9 de abril. Até lá, pediu para que as prefeitas, vice-prefeitas e vereadoras petistas convoquem audiências públicas nas câmaras municipais de suas cidades para debater a reforma da Previdência. "É uma grande campanha contra essa reforma que esse governo golpista e usurpador quer promover", disse.
O presidente do PT afirmou ainda que o partido está trabalhando para atingir a equidade de gênero não só no número de filiados da legenda, mas também nos cargos de liderança e nos espaços funcionais do País. "Dilma falará sobre como as mulheres são perseguidas no Brasil. E a maior prova disso é o impeachment de uma mulher que só fez bem para o País, sem justificativa, uma coisa que nós não aceitamos até hoje", lamentou. Segundo o presidente da sigla, as mulheres representam hoje 45% das filiadas do PT. Na juventude da legenda, porém, as mulheres representam metade das filiadas até 30 anos.
Falcão afirmou ainda que no próximo encontro nacional do partido serão discutidas mudanças no PT para as próximas eleições. "Não recebemos mais dinheiro de empresa, porque isso foi a porta de entrada para a corrupção."