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Levantamento

Relatório da ONU indica modesta recuperação da economia mundial em 2017

Agência Brasil
17 jan 2017 às 17:39

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- Reprodução/RBA
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A Organização das Nações Unidas (ONU) prevê uma modesta recuperação da economia global em 2017 e 2018, mas destaca que a volta de um crescimento sustentável continua difícil de ser alcançado por causa da escassez de investimentos, da fragilidade do comércio mundial e de uma desaceleração da produtividade laboral. É o que aponta o relatório Situação Econômica Mundial e Perspectivas 2017, divulgado nesta terça-feira (17), em Nova York.

O estudo indica que a economia mundial expandiu 2,2% no ano passado, a mais baixa taxa de crescimento desde a grande recessão global de 2009. A ONU estima que o Produto Interno Bruto (PIB) mundial aumente em 2,7% este ano e em 2,9%, em 2018. Segundo o relatório, a melhora moderada dos indicadores sinaliza mais uma estabilização econômica do que uma retomada robusta e sustentável da economia internacional.

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De acordo com o relatório, o comércio mundial de bens e serviços teve alta de apenas 1,2% em 2016. A previsão da ONU é aumento de 2,7% este ano e 3,3% em 2018. Entre os fatores para o baixo crescimento estão a queda na demanda, as incertezas no cenário político internacional e uma menor liberalização do comércio mundial.

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Entre as incertezas nas relações internacionais destacadas pelas Nações Unidas que podem impactar as previsões de recuperação econômica figuram as prováveis mudanças nas áreas de comércio global, imigração e mudança climática do governo do novo presidente norte-americano Donald Trump, que toma posse na sexta-feira (20), e a saída da Grã-Bretanha da União Europeia, o chamado Brexit.

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O levantamento também mostra que os países em desenvolvimento continuam a ser os principais motores do crescimento global e representam aproximadamente 60% da expansão do PIB mundial no período entre 2016 e 2018. A Ásia Oriental e Meridional permanecem como as regiões mais dinâmicas do mundo, graças à forte demanda interna e às políticas macroeconômicas de apoio à economia.


O assessor do secretário-geral de Desenvolvimento Econômico do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, Lenni Montiel, ressaltou, em nota, a necessidade de se redobrar os esforços para que a economia internacional volte a um caminho de crescimento mais firme e inclusivo, com a criação de um ambiente econômico propício para o desenvolvimento sustentável.

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Países menos desenvolvidos


A ONU também destaca que o crescimento do PIB nos países menos desenvolvidos (47 nações da África e da Ásia mais o Haiti) ficará abaixo da meta de 7% fixada nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os 17 ODS, expressos em 169 metas, representam o eixo central da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2016.

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Esse grupo de países deve crescer 5,2% este ano e 5,5% em 2018. O documento indica que quase 35% da população desses Estados se encontrarão em pobreza extrema em 2030 se permanecer o atual patamar de crescimento.


Escassez de investimentos


O relatório mostra que a prolongada escassez de investimentos é uma das principais causas da desaceleração do crescimento mundial. Segundo a ONU, muitas economias vêm passando por uma queda no investimento público e privado, especialmente nas indústrias extrativas e do petróleo. Nos países exportadores de produtos primários, os governos reduziram o investimento em infraestrutura e serviços sociais como resposta a uma brusca queda nas receitas.

Ao mesmo tempo, aponta a ONU, o aumento da produtividade laboral desacelerou consideravelmente na maioria das economias desenvolvidas e em desenvolvimento. O documento ressalta a importância de novos investimentos como motor de inovações tecnológicas e de aumento da eficiência. O estudo conclui que o investimento em áreas fundamentais, como pesquisa, educação e infraestrutura, pode promover não só o progresso social e ambiental, mas também contribuir para o aumento da produtividade.


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