Na avaliação do ex-diretor do Banco Central e atual chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, o governo Dilma Rousseff deve dar continuidade à atual política de incentivo ao crescimento econômico e procurar diminuir a carga tributária, "o que não foi feito ainda".
À Agência Brasil, Freitas disse que "ao diminuir a carga tributária, você aumenta o poder de compra das famílias, que vão consumir mais e comprar mais". E salientou que o comércio é um dos setores mais beneficiados pelo bom desempenho da economia. "Acho que o comércio está bem. Para gerar emprego no comércio é só continuar o que está sendo feito".
Outro fator que favorece o comércio, segundo o economista, é o câmbio. "O dólar, que tem se mantido em patamares como está hoje, ajuda o comércio. Se [o dólar] tiver que subir um pouco, que suba, e se tiver que cair um pouco mais, que caia, mas sem muita volatilidade. Porque o comércio não é muito favorável a volatilidades cambiais".
Freitas reconheceu que, embora favoreça o comércio, o dólar desvalorizado prejudica a indústria e as exportações brasileiras. "Para o comércio, esse patamar do dólar que está aí é bom mas, para o país, eu concordo que não é o ideal, porque gera menos emprego".
Ele aproveitou para defender a queda das taxas de juros. "O importante é manter as taxas de juros como estão ou em processo de queda. O mais importante para o comércio é que as taxas de juros continuem caindo".