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Queda no varejo é influenciada pela crise, avalia IBGE

11 out 2011 às 14:37

O resultado negativo do comércio varejista em agosto ante julho pode ter sido causado por uma queda na confiança do consumidor, devido ao agravamento da crise internacional e ao desaquecimento da economia brasileira, segundo o gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Reinaldo Pereira.

O recuo de 0,4% nas vendas do varejo em agosto ante julho, conforme divulgado mais cedo pelo IBGE, foi a maior queda vista desde março de 2010, quando o varejo caiu 0,8%.


"Apenas duas atividades mostraram taxas positivas em agosto", disse Pereira. "Acredito que esse desaquecimento da economia, com resultados mais moderados, possa estar começando a ser representado aqui."


Na série com ajuste sazonal, as duas entre dez atividades que compõem o varejo que tiveram variações positivas foram equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (7,3%) e livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%).


As demais apresentaram variações negativas: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%); combustíveis e lubrificantes (-0,1%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,3%); móveis e eletrodomésticos (-0,4%); material de construção (-2,0%); tecidos, vestuário e calçados (-2,8%); veículos e motos, partes e peças (-4,6%).

"Pelos resultados deste mês, a pesquisa mostra uma desaceleração no comércio. Se isso vai se manter daqui para frente até o final do ano, a gente vai ter que esperar os resultados de setembro e outubro", ponderou o gerente do IBGE.


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