A queda na venda de carros em 2016 foi cinco vezes mais intensa para pessoas físicas do que para pessoas jurídicas. Enquanto a demanda do consumidor tradicional pelos segmentos de automóveis e comerciais leves caiu 25,9% em relação a 2015, as compras feitas pelas empresas recuaram 4,8%, mostra levantamento feito pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a partir de dados divulgados nesta quarta-feira, 4, pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
O recuo foi menor para as empresas porque, como se trata de uma venda mais negociada, as montadoras fizeram preços mais baixos ao longo do ano para eliminar seus estoques, que estavam mais altos porque as montadoras previam uma demanda maior por parte do consumidor tradicional e acabaram produzindo mais veículos do que o necessário.
Com um tombo maior nas vendas para pessoas físicas do que para pessoas jurídicas, a participação das pessoas físicas nos segmentos de automóveis e comerciais leves foi reduzida a 65,9%, de 71,2% em 2015. Enquanto isso, as vendas para pessoas jurídicas passaram a representar 34,1% desse mercado em 2016, de 28,8% no ano anterior.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Em 2015, quando a venda de veículos também caiu, os recuos foram semelhantes para os dois tipos de clientes: de 26,3% para as empresas e de 25,3% para os consumidores tradicionais. O mercado de carros para pessoas físicas, portanto, teve queda maior em 2016 do que 2015, embora o mercado total, que considera todos os tipos de veículos e clientes, tenha caído menos em 2016 (20%) do que em 2015 (26,5%).