O diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, reiterou nesta quarta-feira que a intenção do governo é finalizar a proposta a respeito das concessões que vencem a partir de 2015 em até um mês e encaminhá-la ao Congresso Nacional.
Ele citou que a agência regulatória fez uma série de simulações que indicaram uma redução entre 3% e 12% na tarifa cobrada dos consumidores finais, dependendo da redução considerada nas tarifas de transmissão, de geração e também de encargos setoriais.
Ele evitou dar detalhes sobre as opções atualmente em análise, mas salientou que a proposta deverá favorecer a redução da tarifa das distribuidoras e comentou que isso pode levar alguns clientes livres a migrarem para o mercado regulado (atendido pelas distribuidoras). "Como há uma tendência de baixa do custo da energia no mercado regulado, onde o risco (de volatilidade nos preços da energia) é menor, a tendência é de migração", disse, salientando que essa se trata de uma opinião pessoal.
Questionado se os clientes livres não seriam beneficiados com uma parcela da energia proveniente das usinas que estão com concessões para vencer, e que portanto terão seu preço reduzido, Hubner disse que a intenção do governo é favorecer a redução da tarifa, "independente do consumidor". E destacou que com a recente escalada dos preços no mercado livre já tem havido uma tendência de retorno de clientes livres para o mercado cativo, especialmente daqueles com visão de mais curto prazo, que buscam se aproveitar dos preços spot. "Eles aproveitaram quando o PLD (preço de liquidação das diferenças, usado de base nas negociações de curto prazo) estava a R$ 20, mas agora, a R$ 200, tendem a voltar", comentou.