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Programa deve financiar 40 mil negócios no Paraná

29 jan 2007 às 15:01

O programa de microcrédito do Governo do Paraná deve financiar R$ 160 milhões para a abertura, consolidação e expansão de 40 mil negócios nos próximos quatro anos, prevê o presidente da Agência de Fomento, Antonio Rycheta. Os números são duas vezes maiores do que os dos primeiros quatro anos do programa. Entre 2003 e 2006, o microcrédito levou R$ 80 milhões a mais de 21 mil microempreendedores.

A novidade do programa de microcrédito para os próximos quatro anos é uma linha que deve financiar a abertura de 5 mil novos negócios. O programa de microcrédito financia negócios como oficinas de artesanato, lanchonetes, borracharias, lojas de roupas, salões de cabeleireiros, ateliês de costura, serralherias e panificadoras.


Rycheta explica que o desafio para os próximos quatro anos é ampliar a abrangência dos programas de microcrédito levando em conta as vocações econômicas de cada município ou região.


Rycheta: "Financiamos quase R$ 80 milhões em mais de 21,7 mil contratos, com R$ 3,6 mil em média. O programa de microcrédito chega hoje a 350 municípios, e estamos consolidando parcerias com outros 44. Os setores de comércio e serviços são responsáveis por 44% dos contratos cada um, e os 12% foram para a indústria. O investimento fixo, em máquinas ou equipamentos, é o que mais utiliza nossos recursos – 75% do total, com 13% para capital de giro e 12% para investimento misto, que engloba o fixo e o capital de giro. Ainda queremos melhorar a porcentagem de negócios formais atendidos — hoje, eles são 36%, apenas. É preciso incentivar a formalização".


"Temos linhas de crédito para quem quer iniciar um negócio, mas não tem acesso ao sistema bancário, com até R$ 2 mil em financiamento. É o dinheiro necessário para quem está desempregado e gostaria de comprar um carrinho de pipoca, por exemplo, para garantir o sustento da casa. Os R$ 2 mil reais podem ser divididos em até R$ 700 para capital de giro e R$ 1,3 mil em investimento fixo, em equipamento. Estes são os clientes que chamamos de faixa A, que destina-se a quem está iniciando uma atividade. Nessa faixa, o prazo de amortização é de até seis meses para o capital de giro, e de até 18 meses para o capital fixo ou misto. Esperamos financiar 5 mil novos negócios na faixa A".


"A faixa B destina-se a quem quer consolidar o negócio. É nessa faixa que investimos R$ 80 milhões em 21 mil contratos nos primeiros quatro anos de governo. Na faixa B, há até R$ 2 mil reais em capital de giro, com prazo de seis meses para amortização, e até R$ 5 mil para investimento fixo ou misto, com até 18 meses para pagamento. Nos próximos quatro anos, a faixa B deverá ter mais 25 mil novos contratos".


"Já a faixa C destina-se à expansão de negócios, com até R$ 10 mil — esse valor pode ser ampliado, se percebermos que é necessário – e prazo de até 24 meses. Esperamos financiar a expansão de 10 mil negócios nesta faixa".


Para as faixas A e B, o tomador da linha de crédito pode ser informal. A faixa C, no entanto, destina-se a empreendedores que já tenham negócios formais ou estejam dispostos a formaliza-lo.

O interessado deve procurar a Agência do Trabalhador ou o posto da Secretaria do Trabalho ou a prefeitura, de acordo com o tamanho da cidade. Lá está o agente de crédito, que é o primeiro contato com a Agência de Fomento. O endereço eletrônico (http://www.pr.gov.br/afpr) da Agência também está à disposição os interessados.


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