A produção industrial do Brasil começou 2017 com alta mensal em relação aos mesmos dias do ano anterior, após 34 meses consecutivos de queda. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (8), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e mostram que a produção cresceu 1,4% em janeiro de 2017 em relação a janeiro de 2016, mas caiu 0,1% em relação a dezembro de 2016.
Em 12 meses, a produção industrial acumula uma retração de 5,4%, variação negativa que vem perdendo intensidade desde junho de 2016, quando chegou a -9,7%. Nos últimos dois meses de 2016, a produção havia acumulado alta de 2,9%. O resultado fez com que a média móvel trimestral de outubro, novembro e dezembro de 2016 apontasse expansão de 0,5% da produção. Com os dados divulgados hoje, a média dos resultados de novembro e dezembro de 2016 e janeiro de 2017 subiu para 0,9%.
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Dos 24 ramos industriais pesquisados pelo IBGE, metade aumentou a produção, e metade diminuiu. A indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias interrompeu dois meses seguidos de alta e caiu 10,7% em janeiro, na comparação com dezembro de 2016. Também haviam crescido em dezembro e caíram em janeiro os equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com recuo de 12,5%, e máquinas e equipamentos, com uma produção 4,9% menor.
Por outro lado, o IBGE considera que houve altas importantes para a taxa global na indústria de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com expansão de 4%, e nos produtos farmoquímicos e farmacêuticos (21,6%). Os dois setores anotaram quedas nos meses anteriores.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 1,2%, as bebidas subiram 5,5% e a indústria extrativa, 1,1%.
Categorias econômicas
A análise da produção por categoria econômica mostra que os bens de capital usados na produção voltaram a cair após dois meses de alta. Em relação a dezembro de 2016, houve recuo de 4,1%.
Os bens de consumo duráveis intensificaram a queda de 3,8% veridicada em dezembro e caíram 7,3% em janeiro. Os bens de consumo semi e não duráveis avançaram 3,1% em janeiro, e os intermediários, 0,7%. Ambos já acumulavam expansões há pelo menos dois meses.