A produção industrial do Paraná cresceu 4,8% em janeiro, em relação ao mesmo mês de 2011. Na mesma base de comparação, a média nacional apresentou índice negativo, de 3,4%. Na comparação com dezembro de 2011, a produção da indústria paranaense em janeiro teve queda de 11,5%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal Regional – Produção Física (PIM-PF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a pesquisa, o crescimento de 4,8% verificado na comparação janeiro-janeiro coloca o Paraná em quinto lugar entre as 13 unidades pesquisadas, atrás de Goiás (25,4%), Pernambuco (11,3%), Rio Grande do Sul (7,8%) e Bahia (6,5%).
Por outro lado, a redução de 11,5% na produção, em relação a dezembro, é superior à média nacional, que foi de -2,1%. O presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço, diz que o resultado foi fortemente influenciado pelo recuo de mais de 50,0% na produção do ramo de veículos automotores.
A redução da produção nesse ramo foi causada, segundo ele, por uma soma de fatores que envolve aspectos sazonais, de mercado e também a interrupção das atividades da unidade industrial da Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), entre 1º e 23 de janeiro, por conta de férias coletivas dos funcionários. "Normalmente fracionadas entre os meses de dezembro e janeiro, as férias desta vez ficaram concentradas em janeiro", disse Lourenço. "Mesmo com essa queda num segmento importante para a nossa economia como é a produção de veículos, a produção industrial do Paraná conseguiu fechar janeiro com desempenho superior ao de janeiro do ano passado."
No desempenho acumulado em doze meses até janeiro de 2012, a produção industrial do Paraná cresceu 6,1%, diante de queda de -0,2% para o complexo nacional. Foi o segundo melhor desempenho entre os estados, atrás de Goiás, que teve alta de 8,5%. Os segmentos líderes da performance anual paranaense foram material de transporte (26,5%), máquinas e aparelhos elétricos (13,7%), refino de petróleo e álcool (12,2%) madeira (9,8%) e produtos de metal (9,3%).