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Produção de petróleo deve triplicar no Brasil

06 jun 2011 às 15:20

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) projetou que a produção de petróleo no País deverá quase triplicar até 2020, saltando dos atuais 2,3 milhões de barris por dia para 6,1 milhões de barris por dia. A projeção considera todas as empresas de petróleo que atuam no Brasil e não somente a Petrobrás. Segundo a estimativa feita pela EPE, que compõe o Plano Decenal de Energia para o período 2011-2020, a maior parte desta produção deverá vir de áreas com reservas ainda não confirmadas. Em entrevista coletiva para detalhar o plano, o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse que, da produção total, apenas 2,9 milhões de barris deverão atender a demanda interna de petróleo, sendo que o restante, ou 3,2 milhões de barris por dia, deverão ser destinados à exportação.

A produção de petróleo e também a de gás natural são os principais destaques deste no Plano Decenal, disse Tolmasquim. "Temos agora mais detalhes sobre as reservas e o que poderá ser retirado dos campos do pré-sal", comentou. A oferta potencial anual de gás natural entre 2011 para 2020 deverá crescer dos atuais 109 milhões de metros cúbicos por dia para 193 milhões de metros cúbicos por dia.


Deste total, estima a EPE, caso as térmicas sejam acionadas apenas dentro do total previsto - apenas parcialmente para complementar a energia hídrica - e se não houver alterações nesta curva de oferta e demanda, poderá haver um excedente de 42 milhões de metros cúbicos de gás natural a ser destinado ao mercado spot por meio dos leilões de fornecimento interruptível realizados pela Petrobrás. Caso as térmicas sejam acionadas em seu limite máximo, o excedente cai para 24 milhões de metros cúbicos por dia.


Tolmasquim admitiu que os elevados volume de gás natural descoberto no pré-sal e nas novas reservas do Delta do Parnaíba, pertencentes à OGX e à HRT principalmente, poderão fazer com que o planejamento energético do País esteja mais aberto a esta fonte de energia do que no passado, quando as usinas térmicas foram praticamente excluídas dos leilões.

"O cenário é outro. Os preços estão mais baixos e há vários aspectos mais favoráveis hoje ao gás do que no passado", afirmou em entrevista coletiva. Apesar disso, segundo ele, a EPE não projeta a construção de usinas no longo prazo. "Esta decisão será tomada no curto prazo em leilões apenas para complementar a demanda", disse.


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