A Europart vai precisar reformar a Supercreche, o Museu Histórico e o Planetário para 'compensar' a construção irregular do City Shopping na rua Benjamin Constant (centro de Londrina). A lista de medidas compensatórias, formulada pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), foi entregue na quarta-feira (10) ao advogado Ivan Pegoraro, que representa o empresário Rachid Zabian, responsável pela Europart. Para dar conta das 'compensações', o empreendedor vai precisar investir R$ 1,3 milhão. "É um valor estimado para a realização das medidas. Não quer dizer que a Europart vai desembolsar tudo isso", esclareceu Pegoraro.
As 'compensações' preveem a reforma dos sistemas elétrico e de prevenção a incêndios da Supercreche, da estrutura física do Planetário e dos sanitários e da parte elétrica do Museu Histórico, além da doação de 3 mil mudas de árvores ao município. O valor de R$ 1,3 milhão é menos do que a metade se comparado aos R$ 3 milhões estimados pelo município durante audiência de conciliação realizada no mês passado para discutir o impasse. "Faltou critério no encontro. Agora foi feito um trabalho mais científico", justificou o advogado da Europart.
Sobre o valor cobrado pelo município, Pegoraro considerou a cifra "expressiva". "Vamos ser se conseguimos negociar alguma coisa", afirmou. A resposta da Europart sobre um possível acordo deve ser entregue no início da próxima semana.
As irregularidades do City Shopping são alvos de uma investigação no Ministério Público (MP). De acordo com informações da prefeitura, o recuo entre a calçada e o empreendimento não obedece a legislação municipal. O edifício também teria sido inaugurado sem autorização da Secretaria Municipal de Obras.
O City Shopping abriga uma das lojas da Havan em Londrina.