O prefeito em exercício de Londrina, Guto Bellusci (PSD), sancionou onze leis autorizando a doação de terrenos para instalação e ampliação de empresas na cidade. As leis foram aprovadas pela Câmara de Vereadores na última sessão do ano, no dia 20 de dezembro.
Em todos os casos, são estipulados prazos e condições para instalação das empresas, sob pena de reversão do imóvel ao município em caso de descumprimento.
A empresa de datacenter X5, por exemplo, receberá uma área de quase 6 mil metros quadrados, tendo prazo de 15 meses para construir suas instalações. Ainda na área de tecnologia, a empresa Microsens ficará com uma área de 20 mil metros quadrados
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Também receberão terrenos três empresas no ramo confecções, duas distribuidoras de alimentos, além de indústrias de máquinas agrícolas, luminárias, acessórios para bicicletas e madeireira.
Caso Codel
A Prefeitura de Londrina continuou com a política de doação de terrenos públicos apesar de investigações do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontarem para a existência de um suposto esquema de propina, dentro do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), justamente para facilitar o repasse das áreas a empresas interessadas.
Nove pessoas já foram indiciadas por corrupção - ativa ou passiva - e formação de quadrilha pela participação nas irregularidades. Vão responder aos crimes servidores públicos e empresários.
O município chegou a retirar os projetos que previam as doações de pauta na Câmara, mas optou por retornar com as propostas após discutir a situação de cada um com os vereadores.