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PR cria estratégia para combater crise na suinocultura

27 abr 2007 às 17:14

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, está intensificando suas ações para reduzir a oferta de carne suína no mercado, como estratégia para combater a crise que abala a suinocultura no Paraná. Além de enviar pedido de ajuda aos ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e do Desenvolvimento Agrário (MDA), Guilherme Cassel, enviou também propostas às polícias Civil e Militar e à Secretaria da Educação para que incluam a carne suína na alimentação dos militares nos quartéis, da população carcerária e na merenda escolar, para diminuir a oferta desse produto no mercado.

O ministério da Agricultura já anunciou sua disposição em abrir linha de crédito para compra e retirada de carne suína do mercado. De acordo com estudos realizados pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, seria necessária a abertura de uma linha de crédito de até R$ 120 mil por produtor, com taxas de juros do crédito rural e prazo de até dois anos para pagamento, com um ano de carência.


Ao ministro Cassel, Bianchini pediu a liberação de recursos do MDA para aquisição de carne suína, através do Programa de Aquisição de Alimentos –PAA.


Crise - A suinocultura vem passando por uma crise de excesso de oferta nos últimos sete anos, agravada em 2005, quando ocorreu a febre aftosa no País. As indústrias que vinham ampliando a produção e estimulando mais produtores a entrarem na atividade, se viram obrigadas a suspender as linhas de crédito disponíveis, porque tiveram seus contratos de exportação cancelados.


Com isso, os produtores ficaram sem opção de venda e aumentou a oferta de carne no mercado interno, provocando a derrubada nos preços. Segundo Bianchini, os produtores ficaram descapitalizados e sem condições de pagar os financiamentos feitos em banco para ampliar a produção para atender as indústrias.

A suinocultura no Paraná é um setor importante na economia rural, gerando atualmente 217 mil empregos diretos e 298 mil empregos indiretos e a atividade é desenvolvida em 136 mil propriedades, a maioria em regime de economia familiar. No Estado, o plantel está estimado em 4,87 milhões de cabeças. A crise no setor está desestruturando principalmente os municípios da região Oeste, onde se concentra a produção.


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