O presidente Michel Temer disse ao chegar em Mendoza, na Argentina, na noite desta quinta-feira (20), que a decisão anunciada pelo governo de anunciar aumento de PIS/Cofins para gasolina, diesel e etanol está em linha com a responsabilidade fiscal e será bem compreendida pela população.
"Vocês lembram que nós abandonamos logo no começo do governo a CPMF, algo que estava no horizonte de todos quando assumimos. (...) Mas agora levamos a efeito um pequeno aumento que diz respeito apenas ao combustível e não diz respeito ao serviço", afirmou.
"A população vai compreender porque esse é um governo que não mente", completou Temer, ressaltando que é preciso dizer "exatamente o que está acontecendo". Segundo o presidente, a medida não atrapalhará a retomada da economia. "Pelo contrário, isso (aumento de impostos) é o fenômeno da responsabilidade fiscal. Essa responsabilidade fiscal é que implicou neste pequeno aumento do PIS/Cofins", destacou.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
'Suficiente, no momento'
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que, "no momento", a elevação do PIS/Cofins anunciada pelo governo é suficiente e que, "em última análise", todas as medidas econômicas são "para beneficiar bolso do cidadão". "Certamente (o aumento pesa no bolso do consumidor), mas, por outro lado, pesa no bolso do cidadão quando o juro é mais caro, quando em função do déficit publico a inflação é maior", disse o ministro ao desembarcar em Mendoza, na Argentina, onde ocorre reunião de cúpula do Mercosul.
Meirelles destacou que, além da alta do tributo, o governo anunciou um corte adicional de gastos. "Não é só aumentar impostos. Os gastos públicos estavam muito comprimidos e se cortou ainda mais." Ao ser questionado se haverá novos aumentos de impostos, respondeu: "No momento, é suficiente".
Segundo o ministro, o momento para aumentar o tributo era o ideal porque "a inflação está reagindo muito bem, caindo bastante", e a medida não deve prejudicar a retomada da economia.