Atendendo a uma solicitação do governador Orlando Pessuti de utilizar de forma mais intensiva e socialmente mais abrangente sua estrutura na área de telecomunicações, a Copel está se preparando para lançar um modelo inovador de inclusão digital. O anúncio da novidade foi feito nesta terça-feira (29) pelo presidente da Copel, Ronald Ravedutti, durante a reunião semanal da Escola de Governo.
O plano de inclusão digital paranaense pretende utilizar-se dos mais de 16 mil quilômetros de fibras óticas da Copel Telecomunicações, presentes em 220 municípios do Estado, para oferecer banda larga no atacado a provedores de acesso à internet.
Como contrapartida ao menor custo de conexão à rede mundial, os provedores locais se comprometerão a oferecer o serviço de internet de banda larga aos cidadãos de sua área de cobertura a preços a partir de 15 reais.
O Plano Estadual de Banda Larga também abre condição financeira às administrações municipais para implantarem as chamadas "cidades digitais", que leva aos cidadãos a infraestrutura de serviços para acesso público a partir das novas tecnologias e redes telemáticas.
"A viabilização deste plano só é possível porque boa parte da infraestrutura de rede já existe por meio da Copel", afirma Ravedutti. "No Brasil, não há outro Estado com condições tão favoráveis para a implantação de um programa de universalização do serviço de banda larga ao cidadão, a instituições e a empresas, o que certamente se constituirá num diferencial competitivo insuperável para o desenvolvimento do Paraná".
O presidente da Copel também destaca a finalidade social desse projeto e a sua vinculação com os princípios da sustentabilidade que norteiam as ações da empresa. "Estamos possibilitando a inclusão digital de um contingente significativo de cidadãos paranaenses, que em razão das prioridades sociais defendidas pelo governador Pessuti e dos compromissos que uma empresa pública como a Copel deve ter, passarão a dispor de todos os recursos e informações existentes na rede mundial de computadores".
REDE INTELIGENTE
Os benefícios da implantação de uma rede de banda larga conectando as residências do Paraná vão além da possibilidade de oferecer uma internet de baixo custo à população. Vários projetos de novas tecnologias atualmente pesquisados pela subsidiária de distribuição de energia da Copel preveem a utilização da infraestrutura de fibras óticas para implantar a chamada "rede inteligente de distribuição", ou Smart Grid.
O Smart Grid consiste do controle e automação de várias etapas do fornecimento de energia, acelerando a recomposição do sistema elétrico em caso de interrupções acidentais, permitindo a medição à distância da energia consumida, a tarifação diferenciada ao longo do dia, a comercialização da energia gerada pelos próprios consumidores ao sistema elétrico e outra série de vantagens que se refletirão na qualidade e no custo da energia fornecida.
"A rede de fibras óticas da Copel nos permitirá implantar uma série de projetos de alta tecnologia no sistema elétrico estadual nos próximos anos, tornando realidade no Brasil um modelo de operação das redes de energia já presente em alguns países europeus", afirma o diretor de Distribuição da Copel, Vlademir Santo Daleffe. "Trata-se de um sistema mais seguro e eficiente, extremamente confiável e que abre múltiplas possibilidades para a oferta de novos serviços e efetivo controle do consumo por quem utiliza a energia".
Um ponto em comum entre os projetos inseridos no Smart Grid está na exigência de uma rede de comunicação de alta velocidade para troca de informações em tempo real entre os centros de controle da distribuição, os equipamentos da rede elétrica e os pontos de consumo. Assim, a implantação do Smart Grid também oferece os requisitos para a oferta de serviços de telecomunicações nos municípios em que for implementado.
Para avaliar a viabilidade das novas tecnologias de distribuição e seu comportamento na rede elétrica, a Copel está implantando um campo de provas em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. O programa-piloto vai possibilitar o teste integrado de tecnologias pesquisadas tanto pela Copel quanto por seus fornecedores, simulando e avaliando o desempenho da rede inteligente de distribuição nas cidades. "Até o final de 2010, pelo menos uma dezena de projetos estará sendo testada no local", informa o diretor de geração e transmissão de energia e de telecomunicações da Copel, Raul Munhoz Neto.