O crescimento do setor de serviços no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro fez com que os municípios com pouca industrialização, mas com foco em serviços crescessem no ano de 2005. O Paraná fechou com um PIB a preços correntes de R$ 126,6 bilhões, uma média per capita de R$ 12,3 mil. Na composição do PIB brasileiro, o Paraná aparece com 9,76% de participação no setor agropecuário (quarto do Brasil), 6,51% na indústria (quinto) e 5,52% em serviços (quarto).
Na média per capita, os pequenos municípios paranaenses tiveram destaque. São os casos de Boa Esperança (R$ 21,2 mil per capita), Carambeí (R$ 33,4 mil), Japira (R$ 38,7 mil), Lobato (R$ 20,4 mil), Mangueirinha (R$ 31,7 mil), Palotina (R$ 20,2 mil), Paranaguá (R$ 27,4 mil) e São José dos Pinhais (R$ 26,9 mil). Os maiores municípios ficaram com uma média menor: Londrina (R$ 12,7 mil), Maringá (R$ 14,4 mil), Foz do Iguaçu (R$ 16,1 mil) e Curitiba (R$ 16,9 mil). Aliás, dos municípios brasileiros, Curitiba é a quarta com o maior PIB brasileiro (em 2002, era a sexta colocada).
O PIB dos Municípios foi divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Belo Horizonte representavam juntas 25% do PIB brasileiro. Em 2005, apenas 51 municípios alcançava-se a metade do PIB e 30,5% da população nacional. No extremo oposto, 1.371 municípios respondiam por 1% do PIB e concentravam 3,5% dos brasileiros. Se for feito o corte por setor, quatro municípios paranaenses aparecem entre os que tiveram participação superior a 0,5% do PIB nacional em 2005. São eles: Curitiba (1%), São José dos Pinhais (0,6%), Araucária (0,6%) e Foz do Iguaçu (0,6%).
A pesquisa mostrou que os municípios que apresentaram as maiores perdas de participação percentual no PIB foram as capitais, principalmente Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), São José dos Campos (SP), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Recife (PE), Goiânia (GO) e Fortaleza (CE). Entre os municípios que tiveram os maiores aumentos de participação no PIB brasileiro aparecem Confins (MG), Centro Novo do Maranhão (MA), Catas Altas (MG), Campo do Tenente (PR) e Sátiro Dias (BA).
O diagnóstico do IBGE mostrou ainda que dos 5.564 municípios brasileiros, 31,3% tinham mais do que um terço da economia dependente da administração pública. As maiores distorções ocorrem nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, além do Norte de Minas Gerais.