A erosão volta a ser um problema em muitas propriedades rurais do Paraná, devido a práticas inadequadas de manejo que favorecem formação de enxurradas e prejudicam o solo. A constatação dos pesquisadores vai ser discutida no 4º Encontro Técnico do curso de Agronomia da UniFil, com demonstração de como a água da chuva pode causar estragos em áreas onde produtores não cuidam corretamente do solo.
O professor da UniFil Esmael Lopes dos Santos e o pesquisador da Embrapa Soja Henrique Debiasi coordenam neste sábado (11) uma apresentação sobre "Manejo e conservação do solo e da água - O sistema de plantio direto é suficiente para controlar a erosão?". Com simulador de chuva, eles vão mostrar aos participantes os efeitos do escorrimento superficial da água e os prejuízos ao solo e às lavouras. A atividade começa às 8 horas, na fazenda experimental da UniFil (Estrada da Cegonha, km 5, região Sul de Londrina).
Esmael Lopes dos Santos alerta que muitos produtores estão desmanchando curvas de nível para entrar com grandes máquinas (semeadoras e colhedoras) em áreas de cultivo. "Essas máquinas precisam de espaço e tem agricultores aumentando as distâncias entre as curvas para o manejo com os equipamentos. Sem a contenção, a água escorre e forma erosões", explica.
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Outra prática prejudicial, diz o professor de Agronomia da UniFil, é o sistema produtivo com a sucessão de soja e milho que não permite a produção de palhada suficiente para cobertura do solo no plantio direto. "É mais um fator que favorece as enxurradas", ressalta. Esmael Santos informar que o encontro técnico pretende orientar estudantes, professores, produtores e profissionais do agronegócio sobre os riscos e as perdas.
Os participantes poderão acompanhar em outras cinco estações com apresentações sobre controle de doenças, controle biológico de insetos-pragas, uso adequado de EPIs para o manejo de plantas invasoras, inoculantes para fixação biológica de nitrogênio e sistemas consorciados de culturas.