A economia brasileira deve crescer 7,4% neste ano, apontou a Pesquisa de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado apurada em setembro pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) junto a 32 instituições financeiras. Em agosto, a estimativa de expansão do PIB era um pouco menor (7,2%). Para 2011, foi a mantida a previsão de crescimento de 4,5% do PIB.
Ao mesmo tempo que elevaram a previsão para o PIB, os economistas apontaram uma queda da estimativa para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010, de 5,3%, constatada em agosto, para 5%, apurada em setembro. A projeção para o IPCA de 2011 subiu um pouco, passando de 4,7% para 4,8%.
Com a decisão do Banco Central de manter a taxa Selic em 10,75% ao ano na última reunião do Copom, em 1º de setembro, os especialistas entrevistados pela Febraban acreditam que o juro básico da economia deve fechar o ano nesse nível. Para o final de 2011, a previsão para a taxa Selic permaneceu em 11,25% ao ano.
Devido à pressão de valorização do real ante o dólar americano, que está relacionada à expectativa de forte entrada de recursos externos no País com a oferta pública de ações da Petrobras, as projeções para o câmbio no final de 2010 caíram de R$ 1,80 para R$ 1,78 por dólar e de R$ 1,86 para R$ 1,83 no encerramento de 2011.
A pesquisa da Febraban mostrou que os economistas continuam otimistas quanto à expansão do crédito até o final do próximo ano. Segundo o estudo, para o crédito em 2010 a previsão é de um crescimento de 21,2% (estava em 21,3% em agosto). Para 2011, houve pequena alta de 18,8% para 18,9%.