Crise
A busca por viver mais e melhor motiva muitas pessoas a mudar o estilo de vida. Nesse processo, a alimentação balanceada é apontada por especialistas como uma das principais medidas a serem adotadas. O problema é que a conta do supermercado pode sair bem mais cara e pesar no orçamento familiar.
Numa pesquisa de preços realizada numa rede de supermercados que possui várias lojas em Londrina, a diferença entre os produtos tradicionais e suas versões menos calóricas ficou evidente. Para realizar esse breve comparativo, foram tomados como referência produtos da mesma marca, com a mesma quantidade por embalagem.
O pacote de pão de forma ao leite de 500 gramas de determinada marca custa R$ 4,00. Já o pacote de pão integral 14 grãos, do mesmo fabricante e peso, custa R$ 5, 80,ou seja, 45% mais caro.
Enquanto o arroz branco custa R$ 3,15 o quilo, o integral da mesma marca custa R$ 5,00 o quilo. A diferença também foi encontrada no macarrão. O tradicional 500 gramas custa R$ 1,95, enquanto o integral do mesmo peso e marca, R$ 2,80. O pacote de açúcar refinado de um quilo está R$ 2,00. Já o light da mesma marca custa R$ 7,40, quase quatro vezes mais caro.
O sal também surpreendeu e apresenta maior variação. O pacote de um quilo custava R$ 2,25. Em contrapartida, o produto light da mesma marca está cotado em R$11,40 o quilo.
O analista de redes sociais Joilson Borges Demuner Filho decidiu consultar um nutricionista para mudar o cardápio e ter um melhor rendimento na academia. Ele conta que sentiu no bolso a escolha por produtos diferenciados. "Meus gastos com alimentação aumentaram, porque esses itens são mais caros do que os convencionais", conta.
Demuner Filho diz que, além de buscar no supermercado produtos mais indicados para a sua saúde, também mantém a linha fora de casa, em restaurantes especializados em cardápios balanceados. Ele afirma que, apesar das diferenças de preço, a mudança vale a pena. "É muito mais barato você investir nestes alimentos, do que tratar uma doença adquirida pelos maus hábitos alimentares", defende.