O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, irá a Brasília nesta quarta-feira (2), onde participará de reunião no Ministério dos Transportes para pedir mudanças na lei que quer repassar ao Paraná cerca de 1.000 quilômetros de rodovias federais. A proposta do Governo do Paraná é absorver perto de 200 quilômetros de rodovias, consideradas estratégias e devolver os outros 750 quilômetros restantes.
No encontro, o Estado quer também discutir as ações para devolução da Ponte de Guaíra e também investimentos no acesso do Porto de Paranaguá.
"O Estado quer encontrar uma solução negociada, que resolva um problema herdado de 2002. Por isso, nossa equipe técnica escolheu rodovias que poderão ajudar na ampliação da malha rodoviária estadual", disse o secretário de Infraestrutura.
Na proposta do Paraná, o Estado ficaria com 197,40 quilômetros de rodovias federais, de um total de 945 quilômetros que a União quer estadualizar. Nos estudos técnicos, o Paraná descartou as rodovias em áreas de fronteiras. O motivo é que como são zonas de segurança nacional é preciso de efetivo policial especializado, como Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, além da Receita Federal.
O estudo da Secretaria de Infraestrutura priorizou as rodovias BR-158 (entre Peabiru e Campo Mourão), BR-487 (acesso Oeste de Campo Mourão ao Rio Muquilão) e a BR-272 (Campo Mourão a Goioerê e o trecho Francisco Alves a Guaíra), além da área urbana da BR-476, em União da Vitória.
Sobre Guaíra, o Estado pretende manter 3,5 quilômetros de rodovias federais que hoje dão acesso à ponte Ayrton Senna, pela qual chega-se ao Paraguai e ao Mato Grosso do Sul. Neste ponto já há agrupamentos das polícias Federal e Rodoviária Federal. Hoje está ponte é responsabilidade do governo estadual, mas o Paraná quer devolver a manutenção e a segurança ao governo federal.
No mesmo encontro, o Estado vai pedir agilidade do governo federal na licitação para melhorias da rodovia Ayrton Senna (continuação da BR-277), que dá acesso ao Porto de Paranaguá. Richa Filho explica que este trecho federal está bem deteriorado e, por isso, tem atrasado em até uma hora a movimentação de carga no porto. "O governo federal já anunciou que pretende recuperar, que tem projeto pronto e licitação a ser lançada. Queremos melhorias, pois isto prejudica também o escoamento da safra brasileira", disse.