A previsão preliminar de investimento da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) é de R$ 1,59 trilhão. Segundo informações divulgadas nesta segunda-feira à imprensa, o valor será dividido entre os períodos 2011-2014 (R$ 958,9 bilhões) e pós-2014 (R$ 631,6 bilhões). Os investimentos foram divididos em seis eixos. A maior parte dos recursos - cerca de dois terços - será destinada ao PAC Energia, cuja estimativa de investimentos é de R$ 465,5 bilhões de 2011 a 2014 e de R$ 627,1 bilhões após esse período, o que representa uma soma de R$ 1,092 trilhão.
O PAC Cidade Melhor receberá R$ 57,1 bilhões no período 2011-2014. No mesmo intervalo de tempo, o PAC Comunidade Cidadã deverá receber R$ 23 bilhões. Para o PAC Minha Casa Minha Vida a previsão é de investimentos da ordem de R$ 278,2 bilhões de 2011 a 2014. Em relação ao PAC Transportes, a expectativa é de investimentos de R$ 104,5 bilhões de 2011 a 2014 e de R$ 4,5 bilhões após esse período, totalizando R$ 109 bilhões.
A segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) prevê o chamado "PAC Água e Luz Para Todos" que pretende universalizar o acessos aos serviços de água e energia elétrica. O governo pretende investir R$ 30,6 bilhões nessa área. A intenção é realizar 495 mil novas ligações de energia no Brasil, com investimentos de R$ 5,5 bilhões e alocar outros R$ 13 bilhões na expansão da rede de abastecimento de água em áreas urbanas, com a construção de adutoras, estações de tratamento e reservatórios, além de redes de distribuição de águas. Uma outra frente de atuação do PAC 2 será nas área de recursos hídricos, onde o governo federal planeja investir R$ 12,1 bilhões, em 54 empreendimentos, como os projetos de abastecimento de água, complementares ao projeto do Rio São Francisco.
Governo
Lula afirmou há pouco, durante discurso na solenidade de lançamento do PAC 2, não estar contente com o que fez até agora. "Temos competência de fazer muito mais", disse.
Lula ressaltou que, mesmo em ano de crise, foram gastos R$ 12 bilhões no Bolsa Família e que o próximo governo vai ter que fazer mais ou vai ter tanto dinheiro na economia que não vai precisar mais do Bolsa Família. Lula lembrou das críticas que recebeu ao programa e repetiu que ouviu várias vezes: "cadê a porta da saída". "Os coitados não tinham nem entrado (no programa) e (os críticos) estavam perguntando pela porta da saída. Não sei por que pobre incomoda tanto nesse país", disse.