Depois de apresentar melhora no final do ano passado, o otimismo do empresário brasileiro voltou a cair no primeiro trimestre deste ano, segundo levantamento realizado pela consultoria Grant Thornton. Com a piora, o Brasil perdeu quatro posições no ranking global, indo da 11ª colocação para a 15ª, atrás de nações como Indonésia, Filipinas e Índia.
O otimismo chegou a 50% no 1º trimestre de 2017, queda de 9 pontos porcentuais em relação ao trimestre imediatamente anterior, de acordo com o estudo International Business Report (IBR), realizado pela Grant Thornton e enviado com exclusividade ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
O levantamento mostra ainda que essa retração ocorreu na esteira da queda das expectativas de rentabilidade, que caiu 15 pontos porcentuais na mesma base de comparação, para 35%. A expectativa em relação ao emprego recuou 4 pontos, para 25%. Sobre as receitas, as perspectivas cederam 3 pontos, para 61%.
"Podemos considerar que a incerteza institucional resulta da necessidade do governo precisar fazer andar a reforma da Previdência e dar continuidade ao ajuste fiscal para estabilizar a dívida pública, com foco no controle de despesas, podendo ser insuficiente implementar as reformas necessárias frente a um cenário político mais adverso", destaca Daniel Maranhão, sócio líder da área de consultoria e auditoria da Grant Thornton.
Segundo Maranhão, a não continuidade da melhora do otimismo mostra a preocupação em relação às incertezas para a aprovação das reformas.